A depressão é uma doença muito frequente, podendo acometer qualquer faixa etária, classe social ou cultural. Tendo em vista o impacto negativo que está doença trás para a qualidade de vida das pessoas é de extrema importância buscar uma intervenção viável, acessível, barata e eficaz, como o exercício físico. Contudo, pouca gente sabe ainda dessa associação benéfica do exercício físico com a depressão, faltam informação e conhecimento da população.
Devido os sintomas a depressão promove redução da prática de exercícios físicos, sendo está coadjuvante na prevenção e no tratamento. A prática regular de atividade física pode beneficiar com melhor qualidade de vida, maior controle sobre o seu corpo e sua vida, melhora da capacidade respiratória, o aumento de estímulos ao sistema nervoso central, na memória recente, funções motoras e a interação social, contribuindo de maneira significativa com a promoção da melhoria do bem estar e do humor.
Durante a realização de exercícios físicos aumenta o nível de neurotransmissores (endorfina e dopamina) combustíveis imprescindíveis para o cérebro realizar determinadas funções. Os hormônios essenciais para auxiliar no tratamento da depressão, a endorfina (hormônio da alegria), responsável por promover sensação de bem estar, euforia e alivio das dores, e a dopamina que apresenta efeito analgésico e tranquilizante.
A endorfina é liberada em resposta a praticamente qualquer tipo de estresse físico ou emocional. Comumente alivia a dor e a ansiedade. A produção de endorfina também pode ser estimulada ou de certa forma forçada fisicamente, através da pratica de exercícios onde causa um estresse físico que acarreta sua liberação, obtendo assim total interação com a mente e corpo.
O organismo produz endorfinas e há muitos receptores dessa substância no cérebro. Esses receptores servem justamente para que uma substância específica funcione nas células, através de sua fixação. Ambos têm influência principalmente sobre o humor e emoções. Porém, mais importantes que os efeitos em curto prazo, provocados por uma simples sessão de exercícios, são os efeitos provocados a longo prazo.
O exercício de predominância aeróbica, de maior duração e intensidade moderada, são mais eficazes na redução dos níveis de depressão, devido às respostas psicofisiológico agudas e crônicas. .Exercícios de alta intensidade não são recomendados para o tratamento da depressão, pois esses tipos de exercícios estão associados a estados afetivos negativos como dor e cansaço.
Algumas técnicas podem ser utilizadas para auxiliar no tratamento e prevenção este, como o relaxamento, a respiração profunda, a meditação, a yoga, técnicas de alongamento e de Pilates. Todas estas modalidades são mais calmas, exercitam a concentração, a respiração e o relaxamento.
À medida que há ajuste fisiológico após algumas semanas de exercícios físicos regulares, há maior disponibilidade de serotonina central provocada pela lipólise, amenizando o quadro de sintomas psicossomáticos da doença.